sexta-feira, 30 de julho de 2010

ARTE



'Arte', um espectáculo baseado na obra homónima de Yasmina Reza (1994) e interpretado por António Feio (que traduziu e encenou), José Pedro Gomes e Miguel Guilherme.
'Arte' é uma comédia contemporânea em torno da amizade e das particularidades discursivas que caracterizam a criação artística. Três amigos (Sérgio, Mário e Ivo) discutem o investimento de um deles na aquisição de um 'Quadro Branco' assinado por um reputado artista plástico - o investimento significativamente elevado influencia o relacionamento dos três amigos, funcionando como detonador de uma série de conflitos e tensões que modificam profundamente a relação, como se a aquisição revele um mal-estar e um ciúme que afastam o comprador daqueles que partilham a sua vida. Em registo de divertida cavaqueira, a peça parte, assim, da consideração dos critérios valorativos da arte para outras questões de fundo das sociedades contemporâneas, nomeadamente a diferenciação cultural e social e a amizade.
'Por mais que tentássemos, durante as várias fases de trabalho, acabávamos sempre por falar de relações de Amizade. É disso que a peça trata. Fazer um espectáculo que fala da amizade entre três homens e ter a oportunidade de o construir com três amigos, deu-nos a possibilidade de viver uma situação única. A possibilidade de analisar sentimentos que nós próprios sentíamos uns pelos outros e de os poder manifestar sem restrições de qualquer espécie', escreve António Feio.

Conversa da Treta

Peça teatral criada por José Fanha e estreada no Auditório Carlos Paredes, Lisboa, em 1997. Foi encenada e interpretada por António Feio e José Pedro Gomes, com cenário e figurinos de António Jorge Gonçalves, música de Manuel Faria e desenho de luz de João Paulo Xavier. Zezé e Toni são dois amigos que encetam diálogos do quotidiano onde fazem as mais variadas considerações sobre temas como a política, o futebol, o casamento, o sexo, os seus sucessos e insucessos pessoais, ao mesmo tempo que vão reproduzindo com humor os tiques das personagens que criticam.
Enorme sucesso de público, a peça passou depois para o Teatro Villaret e iniciou digressões pelo país, sempre com lotações esgotadas. Por esse facto, acabou por ser adaptada à televisão e à rádio, surgindo depois uma sequela - A Treta Continua - com textos de Eduardo Madeira, Filipe Homem Fonseca e Rui Cardoso Martins.

António Jorge Peres Feio



António Jorge Peres Feio (Lourenço Marques, 6 de Dezembro de 1954 — Lisboa, 29 de Julho de 2010) foi um actor, encenador português condecorado, a 27 de Março de 2010, com o grau honorífico de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

Viveu em Moçambique até aos sete anos, tendo-se instalado em Lisboa, com a família. Estreou-se aos onze no teatro, com a peça de Miguel Torga, O Mar, dirigida por Carlos Avilez, no Teatro Experimental de Cascais. Chega cedo à televisão e ao cinema, participando ainda em folhetins na rádio e campanhas publicitárias. Em 1969, profissionalizado na companhia teatral de Laura Alves, volta a Moçambique, em digressão com a peça Comprador de Horas. Retirou-se dos palcos, tendo trabalhado como desenhador num atelier de arquitectos. Em 1974 está, de novo, no Teatro Experimental de Cascais, de onde sai para formar, com Fernando Gomes, o Teatro Aquarius. Passa de seguida para a Cooperativa de Comediantes Rafael de Oliveira, Teatro Popular-Companhia Nacional I, sob a direcção de Ribeirinho, Teatro São Luiz, Teatro Adóque, Teatro ABC, Casa da Comédia, Teatro Aberto, Teatro Variedades, Teatro Nacional D. Maria II.

Começa a encenar com o espectáculo Pequeno Rebanho Não Desesperes de Christian Giudicelli, na Casa da Comédia. Segue-se Vincent de Leonard Nimoy, no Teatro Nacional D. Maria II e O Verdadeiro Oeste de Sam Shepard, no Auditório Carlos Paredes. Faz, como actor, Inox-Take 5 (1993) com José Pedro Gomes e é o início de um trabalho em conjunto e de uma "dupla" que dura até aos dias de hoje. Começa a dirigir cursos de formação de actores no Centro Cultural de Benfica e forma com vários alunos alguns grupos: O Esquerda Baixa e o Pano de Ferro, e com eles faz alguns espectáculos. Seguem-se muitas outras encenações sendo as mais importantes: A Partilha de Miguel Fallabela e O Que diz Molero de Diniz Machado (Teatro Nacional D. Maria II); Perdidos em Yonkers de Neil Simon e Duas Semanas com o Presidente de Mary Morris (CCB e Teatro Nacional S. João); Conversa da Treta de José Fanha (Auditório Carlos Paredes); O Aleijadinho do Corvo de Martin McDonagh (Visões Úteis/ Teatro Rivoli); Arte de Yasmina Reza (Teatro Nacional S. João); Bom Dia Benjamim de Nuno Artur Silva, Luís Miguel Viterbo e Rui Cardoso Martins (CCB e Expo98); Portugal Uma Comédia Musical de Nuno Artur Silva e Nuno Costa Santos (Teatro São Luiz); Popcorn de Ben Elton ao lado de Helena Laureano, Deixa-me Rir de Alistair Beaton,Jantar de Idiotas e O Chato de Francis Veber (Teatro Villaret).

Para além do teatro fez televisão (popularizou-se em sitcoms como Conversa da Treta ou programas como 1, 2, 3); algum cinema (com Alfredo Tropa, Eduardo Geada, Luís Filipe Costa e Fernando Fragata), traduções e muitas dobragens. Mantinha-se na rádio com uma crónica humorística na TSF.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Deolinda - Um Contra O Outro

bora lá!

Anda, desliga o cabo,
que liga a vida, a esse jogo,
joga comigo, um jogo novo,
com duas vidas, um contra o outro.

Já não basta,
esta luta contra o tempo,
este tempo que perdemos,
a tentar vencer alguém.

Ao fim ao cabo,
o que é dado como um ganho,
vai-se a ver desperdiçamos,
sem nada dar a ninguém.

Anda, faz uma pausa,
encosta o carro,
sai da corrida,
larga essa guerra,
que a tua meta,
está deste lado,
da tua vida.

Muda de nível,
sai do estado invisível,
põe o modo compatível,
com a minha condição,
que a tua vida,
é real e repetida,
dá-te mais que o impossível,
se me deres a tua mão.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Anda, mostra o que vales,
tu nesse jogo,
vales tão pouco,
troca de vício,
por outro novo,
que o desafio,
é corpo a corpo.

Escolhe a arma,
a estratégia que não falhe,
o lado forte da batalha,
põe no máximo o poder.

Dou-te a vantagem, tu com tudo, eu sem nada,
que mesmo assim, desarmada, vou-te ensinar a perder.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.

Um contra o outro
Deolinda

Mesut Özil

sábado, 3 de julho de 2010

apontamentos...

no comments

para mim os políticos são todos iguais, independentemente do nome ou do partido. Portanto, esta foto serve para qualquer um e não em particular o Sócrates.
(ler legenda da foto)


Legenda da foto: "Multidão aguarda ansiosamente a inauguração da estátua de José Sócrates

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Kiraṯ paiā nah metai ko▫e. Kiā jāṇā kiā āgai hoe. Jo ṯis bẖāṇā soī hūā. Avar na karṇai vālā ḏūā. 🙏🙏   Past actions cannot be erased....